segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Preguiça


Entrem, 
sejam bem-vindos ao meu campo,
esbanjem da minha Anfitrialidade.

Esqueçam,
tirem os sapatos para sentirem
com os pés a minha essência,
deixem as lembranças 
a Serviço do tempo,
poeirisse.

Descansem,
fechem os olhos como quem sonha,
e nada enseja, tudo deseja.
Pobres são aqueles que entregam suas vidas
ao Diabo do esforço.

Vagos dias, vastos, fartos.
Sacerdócios.

Adormeçam,
envolvidos pelo meu ócio,
deserdem os medidores do tempo
livrem os pulsos dos percursos,
repulsos.

Confiem a mim os teus dias.




Priscyla Alves