terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Álbum


Ouça através do 
silêncio destas
imagens
os sussurros do tempo,
que soam ao vento
a nossa eterna vontade de Viver.
Eis aqui nosso tesouro
colecionador de momentos,
repleto de detalhes que descansam fiéis em meio as páginas da Saudade.


Priscyla Alves

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A Dúvida

 A inquietude do meu ser, a dualidade entre o que querer e o que esperar... Corrosão. Minhas expectativas se desfazem em indagações. Significarei para ele? Será que sou vista por olhos carinhosos? Poderia minha falta ser sentida? Haverá algum valor ou sentimento envolvidos? As respostas para as perguntas parecem-me óbvias. Não! Não há nada, somente interesses corpóreos e lascivos. Entretanto meus sentidos fogem de meu controle, roubam meus pensamentos e os iludem, fazem-nos reféns do que almejo, fazem-nos reféns da esperança. Maldita esperança, que nos faz confrontar o que deveríamos aceitar e que nos faz aceitar o que deveríamos confrontar. 
As horas passadas ao lado dele são minutos. Não sinto-me apaixonada, sinto-me interessada, mas não interessante... Egoísmo. Queria sua imaginação voltada para meus atributos, queria prendê-lo aos meus prazeres e não o faço. O que esperar? O que fazer? Desistir? Insistir? Talvez com o tempo eu o envolva, ou talvez eu me envolva e me perca. É um campo minado, perigoso demais para me arriscar, não sei ao certo aonde é seguro pisar, um passo em falso e o meu órgão bombeador de sangue é deteriorado. Infelizmente sou movida por paixões. Não sei nem mesmo se vale a pena empreender esforços a ele. Preciso realmente colecioná-lo? Esta também é uma das perguntas a serem feitas. O que convictamente sei, é que, de fato, necessito sentir-me amada, desejada, desejável, apaixonante. Nada sou sem meus amantes. É através da luminosidade de seus olhos que me vejo viva e pulsante. Não sei se meu orgulho permitiria-me perder sua paixão para outra mulher, ele tem a mim, porque razões eu não seria o bastante? Talvez não sejamos o bastante um para o outro. Talvez sejamos o bastante demais. Mas o que fazer? Fazer ou esperar? Duvidar.


Priscyla Alves

sexta-feira, 22 de julho de 2011

domingo, 9 de janeiro de 2011

Texto de Lou Andreas-Salomé


" Ouse, ouse... ouse tudo!! Não tenha necessidade de nada! Não tente adequar sua vida a modelos, nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém. Acredite: a vida lhe dará poucos presentes. Se você quer uma vida, aprenda a roubá-la.
   Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer. Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso: algo que está em nós e que queima como o fogo da vida! "







Sobre a autora:

Lou Andreas-Salomé (1861-1937)foi uma bela mulher que escandalizou a sociedade e quebrou regras morais. Teve vários amantes. Conheceu Freud, Jung, Nietzsche, entre outros grandes homens. Mulher engajada e sensível, tinha mito de sedutora.